A cidade de Patos tem sido palco de muitos enredos inusitados. Depois do enterro da galinha rafinha, que rendeu pautas televisivas em rede nacional há alguns anos atrás, e ainda rende comentários em grupos de redes sociais, um fato recente deve somar a esses acontecimentos. “O enterro da cachorra”, de Ariano Suassuna, chegou numa nova versão à Morada do Sol, que tem proporcionado esses ineditismos.
Uma empresa especializada em funerais na cidade de Patos chegou a fazer uma consulta, nas últimas horas, à Secretaria de Serviços Públicos do município para encontrar viabilidade de sepultamento dos restos mortais de um cão pertencente a uma família associada aos seus planos funerários.
Obviamente que esse tipo de serviço não consta em suas modalidades de contrato, mas atendendo a um apelo dos tutores do animal, representantes foram até o poder público para encontrar uma solução. O senhor Ronaldo dos Santos, gerente de cemitérios da cidade de Patos, ao ser provocado pela empresa procurou o secretário Olegário Freires e este inviabilizou a pretensão.
Em conversa com o Diário de Patos, Freires afirmou que “não há nenhuma condição que possa permitir esse tipo de abertura, possibilite sepultamentos de corpos de animais nos jazidos ou sepulturas dos cemitérios”.
A imposição do poder público deve ter frustrado qualquer expectativa dos que sentiram a perda do animal, entretanto, esses também não vieram a público para se identificar ou mesmo reclamar da decisão da gestão municipal, que teria um precedente com o caso de “comoção” de rafinha.
Áudio do secretário Olegário Freires sobre essa solicitação da empresa funerária